terça-feira, agosto 16, 2011

A alma encantadora de Brasília: Leitura e cultura

Na crônica “Os mercadores de livros e a leitura das ruas”, João do Rio nos mostra um panorama da leitura no Rio de Janeiro do começo do século XX. É mostrado o cotidiano dos vendedores de livros ambulantes na capital carioca, que ganham a vida fácil.


Por outro lado, hoje em dia, a decadência do sebo Pindorama, na 505 sul, nos mostra que viver somente da venda de livros não é um negócio tão lucrativo assim, pois o público está em busca de algo mais interativo, mais audiovisual.


Sebinho, 406 Norte

Livraria Saraiva, Brasília Shopping

Um fato curioso observado por João do Rio é que as obras lidas e vendidas no começo do século passado eram as mesmas lidas pelo povo de 1850 (“Nós não gostamos de mudar em coisa nenhuma, nem no teatro, nem na paisagem, nem na literatura”).

O autor faz uma severa crítica a esse tipo de leitura (sobretudo a literatura francesa, que estava “na moda” na época), constatando que, de tão violenta que era, acabava sendo “a sugestionadora de crimes, o impulso à exploração de degenerações sopitadas, o abismo para a gentalha”.

Se na época de João do Rio muitos livros de má qualidade eram vendidos em um piscar de olhos e a preços de banana, hoje é comum vermos a mesma coisa, só que com DVDs, como na Feira dos Importados.  O cinema virou uma escapatória às nossas vidas corriqueiras com muito mais fervor do que os livros, pois podemos ver e ouvir a imagem, e não apenas imaginá-la.

A crônica termina de forma pessimista:
  E de qualquer forma o mal continua a florescer neste baixo mundo, na literatura e fora dela, como o mais gostoso dos bens. Se nas obras populares aparecer alguma coisa de novo, com certeza teremos tolices maiores que as anteriores...”


Postado por Luísa Cruz, Mariana Amaral, Alexandra Furtado e Victoria Lemos

Um comentário:

  1. GATINHAS!!!!!!!!!!!!!
    Adorei as fotos!e realmente adoro o sebinho.
    bjs

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